Portanto, Faraó previna-se agora de um homem entendido e sábio, e o ponha sobre a terra do Egito. Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura, e ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem. Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome.
E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos os seus servos.
Gênesis 41:33-37
Até a metade do século XVIII (dezoito), uma das crenças reinantes entre os grupos sociais advogava que o filho de um ladrão seria um ladrão, assim como o filho de um advogado com certeza também seria um advogado.
Também se dizia que o homem era produto do meio em que se encontrava. Se um homem tivesse acesso a fortunas, ele estaria tentando a roubá-las. Se um homem morasse próximo a um prostíbulo, com certeza ele andaria também com prostitutas.
Algumas dessas crenças ainda perduram até os dias de hoje pelo mundo.
José aqui é um exemplo claro de pessoa ao qual essas duas possíveis 'verdades' não se aplicam. Preso injustamente, continuava íntegro e fiel a seu Deus, mesmo em meio a todos os reveses que a vida lhe trouxera.
Seria fácil José ter se deixado contaminar pelo azedume, pela raiva e pelos costumes egípcios? Com toda certeza, seria. Porém, o penúltimo filho de Jacó manteve-se firme em seus propósitos de servir ao seu Deus e guardou a reserva de amor que possuía até o fim.
Os bons conselhos são para os bons ouvidos. Para aqueles interessados em praticá-los e menos interessados na pessoa que os dirige ou que os profere.
Não fales ao ouvido do tolo, porque desprezará
a sabedoria das tuas palavras. Provérbios 23:9
Faraó era um homem culto e sábio e reconhece as boas palavras proferidas pelo escravo hebreu. Se faraó fosse uma pessoa dada a rompantes de grandeza, poderia ter desprezado as palavras proferidas por um escravo como aquele, retirado das masmorras, acusado de ser devasso e imoral contra a mulher de seu antigo senhor.
As ações de José, a maneira como se comportava, como agia davam um melhor testemunho que as acusações realizadas contra ele. José era uma pessoa para a qual todo o trabalho dado seria proveitoso, porque José gostava de labutar, gostava de ser produtivo.
As boas palavras de José poderiam dar em nada se o serviço da coleta dos cereiais não fosse executado.
Em todo o trabalho há proveito, mas ficar só em palavras
leva à pobreza. Provérbios 14:23
De que adiantaria ao Egito o bom conselho de José se ele não tivesse diligentemente realizado o trabalho de coletar os grãos necessários para livrar o povo da fome?
José se torna um exemplo digno de nota não somente por sua sabedoria. Mas também pelo trabalho executado com esmero e com diligência. O trabalho de José, a sabedoria de suas palavras por fim venceram todas as injustiças cometidas contra ele em seus muitos anos de vida. Como governador do Egito, assim como auxiliar do carceiro, como escravo de Potifar, José dera profundos e reverentes exemplos de serviço ao próximo e de caráter cristão.
Deus poderia ser com José, mas se José não fizesse o mínimo que fosse em prol de si mesmo, porventura teria alcançado a glória que alcançou ao final de sua vida?
Como cristãos, devemos também trabalhar zelosamente em prol do auxílio de Deus para as nossas vidas, nossos projetos, nossas atividades na igreja. Deus faz tudo a seu tempo.
Como diz o exemplo do filme conquistando gigantes, devemos preparar a nossa terra além de pedir a chuva de Deus para a lavoura. Enquanto oramos a Deus pedindo que nos auxilie e nos ajude a prosperar, devemos continuar arando o terreno, regando a plantação, livrando-a de insetos enquanto esperamos o tempo de Deus para as nossas vidas.
Que possamos lembrar do serviço e da fé de José em seu Deus, que trabalharam juntas para conduzi-lo a passos largos a posição profetizada à ele através de sonhos.
A paz de Cristo.
Reflexão:
1. Você tem orado pela "chuva" (bênção) de Deus em sua vida?
2. Seu "terreno" está pronto?
3. José poderia ter pensando diferente? Ele era escravo vivendo em meio a um povo pagão e idólatra, contudo seu coração sempre se abriu de modo sincero a todo àquele que se aproximou de sua vida. Temos realizado a mesma obra em nossas vidas por nossos semelhantes, sejam eles cristãos ou não?
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