E o rei, pranteando Abner, disse: Havia de morrer Abner como morre o vilão?
As tuas mãos não estavam atadas, nem os teus pés carregados de grilhões, mas caíste como os que caem diante dos filhos da maldade! Então todo o povo chorou muito mais por ele.
Depois todo o povo veio fazer com que Davi comesse pão, sendo ainda dia; porém Davi jurou, dizendo: Assim Deus me faça, e outro tanto, se, antes que o sol se ponha, eu provar pão ou alguma coisa.
O que todo o povo entendendo, pareceu bem aos seus olhos; assim como tudo quanto o rei fez pareceu bem aos olhos de todo o povo.
E todo o povo e todo o Israel entenderam naquele mesmo dia que não procedera do rei que matasse a Abner, filho de Ner.
Então disse o rei aos seus servos: Não sabeis que hoje caiu em Israel um príncipe e um grande?
Que eu hoje estou fraco, ainda que ungido rei; estes homens, filhos de Zeruia, são mais duros do que eu; o SENHOR pagará ao malfeitor, conforme a sua maldade.
2 Samuel 3:33-39
Onze das doze tribos de Israel seguiam uma força política comandada por Abner.
Apenas umas das tribos de Israel seguia a Davi. E essa tribo era Judá.
A tribo de Judá possuia uma força política na família dos filhos de Zeruia.
Abner era um homem honrado.
Quando sua honra foi posta em questão pelo rei Isbosete (2 Samuel 3:7), Abner imediatamente anunciou o fim de seu apoio à ele como rei. Uma mulher na cultura judaica tem pouca ou nenhuma força de afirmação política, mas o ataque claro a honra de Abner causou um grande estrago ao reinado do jovem filho de Saul. Isbosete nada pôde responder a alguém que possuía uma força política capaz de fazer onze tribos reconhecerem alguém como rei.
Abner começou a tecer os acordos para fazer de Davi rei de Israel. Após manter contato com Davi, o pedido de Davi para que sua esposa Mical fosse entregue soava mais como uma desculpa para que um encontro entre Abner e Davi pudesse acontecer. A entrega de Mical deveria com certeza ser efetuada por Abner, chefe das tropas
fiéis ao rei Isbosete (2 Samuel 3:13).
Contudo, a relação de Abner com Davi já se encontrava prejudicada pela morte de Asael, irmão de Joabe.
Joabe tinha ódio mortal aos inimigos e via em Abner um grande empecilho ao reinado de Davi sobre Israel.
Davi, um novo rei, também estava nas mãos de Joabe. Talvez Davi pudesse ter evitado a morte de Abner, se tivesse deixado claro a Joabe a importância que o mesmo possuia diante das outras onze tribos de Israel, após Joabe fazer seu discurso a respeito de Abner
(2 Samuel 33:24-25). Contudo, Davi manteve-se calado, aquém das intenções de vingança de Joabe.
Joabe matou a Abner como um romano trataria do assunto: assassinou-o no interior da casa, após maliciosamente fazê-lo retornar a Hebrom, simulando ter sido chamado por Davi (2 Samuel 33:27).
O perigo para Davi após os atos de Joabe era alto. As onze tribos poderiam facilmente se reunir contra ele e acusá-lo de ter assassinado a Abner, o que levaria a nação de Israel a uma guerra. Rapidamente, o reinado de Davi seria eliminado pela força das onze tribos contra ele.
Rapidamente, Davi manda todos os seus guerreiros rasgarem suas vestes e prantearem a perda do valoroso guerreiro. As ações impensadas de Joabe trariam desgraça a Davi e a toda tribo de Judá caso isso não fosse realizado, porque em todas as onze tribos de Israel Abner era tido como homem de grande honra e guerreiro valoroso.
Os eventos a seguir só pioraram a situação de Davi. Isbosete é morto dentro de sua própria casa, em sua cama e seus assassinos levam sua cabeça até Davi (2 Samuel 4:8).
Deus mais uma vez protegeu a Davi de tudo isso. Ele mandou assassinar os assassinos de Isbosete e depositou sua cabeça no túmulo de Abner.
O reinado de Davi não podia ter um começo pior do que o descrito. As intenções de Joabe, sua sede de vingança, fizeram com certeza de Davi um rei a ser temido e até mesmo olhado por algumas tribos com certa desconfiança. Não é de admirar que, no futuro, seu próprio filho tenha tentado derrubá-lo de seu trono.
Sem dúvida, com Abner ao seu lado, Davi teria contido os ímpetos de Joabe e teria alguém que o apoiasse diante das outras onze tribos que fizeram um filho de Saul a seu rei.
Os caminhos do Senhor podem ser misteriosos.
Contudo, são as ações humanas que tornam todos os caminhos mais tortuosos.
Reflexão
1. Algumas vezes, precisamos ter paciência para lidar com certas pessoas. Contudo, não podemos evitar sermos levados pelas decisões e ações políticas que as envolvem. Você já esteve envolvido com pessoas que o levaram a um ponto incômodo, onde não desejaria estar?
As tuas mãos não estavam atadas, nem os teus pés carregados de grilhões, mas caíste como os que caem diante dos filhos da maldade! Então todo o povo chorou muito mais por ele.
Depois todo o povo veio fazer com que Davi comesse pão, sendo ainda dia; porém Davi jurou, dizendo: Assim Deus me faça, e outro tanto, se, antes que o sol se ponha, eu provar pão ou alguma coisa.
O que todo o povo entendendo, pareceu bem aos seus olhos; assim como tudo quanto o rei fez pareceu bem aos olhos de todo o povo.
E todo o povo e todo o Israel entenderam naquele mesmo dia que não procedera do rei que matasse a Abner, filho de Ner.
Então disse o rei aos seus servos: Não sabeis que hoje caiu em Israel um príncipe e um grande?
Que eu hoje estou fraco, ainda que ungido rei; estes homens, filhos de Zeruia, são mais duros do que eu; o SENHOR pagará ao malfeitor, conforme a sua maldade.
2 Samuel 3:33-39
Onze das doze tribos de Israel seguiam uma força política comandada por Abner.
Apenas umas das tribos de Israel seguia a Davi. E essa tribo era Judá.
A tribo de Judá possuia uma força política na família dos filhos de Zeruia.
Abner era um homem honrado.
Quando sua honra foi posta em questão pelo rei Isbosete (2 Samuel 3:7), Abner imediatamente anunciou o fim de seu apoio à ele como rei. Uma mulher na cultura judaica tem pouca ou nenhuma força de afirmação política, mas o ataque claro a honra de Abner causou um grande estrago ao reinado do jovem filho de Saul. Isbosete nada pôde responder a alguém que possuía uma força política capaz de fazer onze tribos reconhecerem alguém como rei.
Abner começou a tecer os acordos para fazer de Davi rei de Israel. Após manter contato com Davi, o pedido de Davi para que sua esposa Mical fosse entregue soava mais como uma desculpa para que um encontro entre Abner e Davi pudesse acontecer. A entrega de Mical deveria com certeza ser efetuada por Abner, chefe das tropas
fiéis ao rei Isbosete (2 Samuel 3:13).
Contudo, a relação de Abner com Davi já se encontrava prejudicada pela morte de Asael, irmão de Joabe.
Joabe tinha ódio mortal aos inimigos e via em Abner um grande empecilho ao reinado de Davi sobre Israel.
Davi, um novo rei, também estava nas mãos de Joabe. Talvez Davi pudesse ter evitado a morte de Abner, se tivesse deixado claro a Joabe a importância que o mesmo possuia diante das outras onze tribos de Israel, após Joabe fazer seu discurso a respeito de Abner
(2 Samuel 33:24-25). Contudo, Davi manteve-se calado, aquém das intenções de vingança de Joabe.
Joabe matou a Abner como um romano trataria do assunto: assassinou-o no interior da casa, após maliciosamente fazê-lo retornar a Hebrom, simulando ter sido chamado por Davi (2 Samuel 33:27).
O perigo para Davi após os atos de Joabe era alto. As onze tribos poderiam facilmente se reunir contra ele e acusá-lo de ter assassinado a Abner, o que levaria a nação de Israel a uma guerra. Rapidamente, o reinado de Davi seria eliminado pela força das onze tribos contra ele.
Rapidamente, Davi manda todos os seus guerreiros rasgarem suas vestes e prantearem a perda do valoroso guerreiro. As ações impensadas de Joabe trariam desgraça a Davi e a toda tribo de Judá caso isso não fosse realizado, porque em todas as onze tribos de Israel Abner era tido como homem de grande honra e guerreiro valoroso.
Os eventos a seguir só pioraram a situação de Davi. Isbosete é morto dentro de sua própria casa, em sua cama e seus assassinos levam sua cabeça até Davi (2 Samuel 4:8).
Deus mais uma vez protegeu a Davi de tudo isso. Ele mandou assassinar os assassinos de Isbosete e depositou sua cabeça no túmulo de Abner.
O reinado de Davi não podia ter um começo pior do que o descrito. As intenções de Joabe, sua sede de vingança, fizeram com certeza de Davi um rei a ser temido e até mesmo olhado por algumas tribos com certa desconfiança. Não é de admirar que, no futuro, seu próprio filho tenha tentado derrubá-lo de seu trono.
Sem dúvida, com Abner ao seu lado, Davi teria contido os ímpetos de Joabe e teria alguém que o apoiasse diante das outras onze tribos que fizeram um filho de Saul a seu rei.
Os caminhos do Senhor podem ser misteriosos.
Contudo, são as ações humanas que tornam todos os caminhos mais tortuosos.
Reflexão
1. Algumas vezes, precisamos ter paciência para lidar com certas pessoas. Contudo, não podemos evitar sermos levados pelas decisões e ações políticas que as envolvem. Você já esteve envolvido com pessoas que o levaram a um ponto incômodo, onde não desejaria estar?
2. Davi se apoiou em seu Deus para fugir do turbilhão escuro que o cercava. O quanto nós devemos depositar a nossa confiança em Deus quando aquilo que nos acontece foge ao nosso controle?
A paz de Cristo.
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