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O TANQUE DA MISERICÓRDIA

Ora, em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas, há um tanque,
chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco alpendres.
Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos

e ressicados [esperando o movimento da água.]
[Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e

agitava a água; então o primeiro que ali descia, depois
do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.]
Achava-se ali um homem que, havia trinta e oito

anos, estava enfermo. João 5:1-5


Jerusalém.

Jesus tem doze anos.

Ele caminha pelas proximidades do templo. A cada ano, seus pais, José e Maria, sobem a Jerusalém (Lucas 2:41).

Aquele local não é incomum a Jesus. Mas hoje, ele completou a maioridade pelos padrões judaicos. Segundo a tradição judaica, uma criança do sexo masculino já é considerada adulta aos doze anos.

Jesus tem um grande caminho ainda a trilhar.

Ele se dirige ao tanque de Betesda. A palavra significa Misericórdia.

Jesus se deixa ficar em suas proximidades. Súbito, um doente passa. As águas se movem.

Uma cura é realizada.

Um milagre acontece. E este dia é dia de sábado.

Em silêncio, ele houve as vozes de júbilo da pessoa curada. E em silêncio, encara os outros não curados, enfermos e doentes naquele local.

De ano em ano, o filho de Maria e José criou um hábito de ir para junto daquele tanque, a cada subida de sua família à Jerusalém.

Um costume passou a se desenvolver entre os enfermos.

O de visitar o tanque para receber uma cura.

A criança sempre passava pelo poço a cada ano. E foi crescendo, vendo os enfermos de seu povo. Os que tinham mais dinheiro eram carregados. Os mais pobres, deixados por alguém sozinhos próximos ao tanque.

A cada ano, uma cura.

Oculta, anônima. Sem realmente escolher quem devia ser curado, mas permitindo que a misericórdia divina atingisse àqueles ali presentes.

Alguns eram curados e nunca mais apareciam.

E haviam alguns que sempre estiveram ali, desde que Jesus começara a freqüentar o lugar.

O paralítico nunca tivera ajuda, a não ser de alguns que o deixavam naquele local.

De ano em ano, Jesus o reencontrava.

Via seu povo. Sua gente sofrendo.

Em silêncio, sem julgamentos ou escolhas arbitrárias, uma pessoa curada a cada ano.

E aquele paralítico sempre esteve ali. A cada ano. Sem ajuda. Sem apoio. Cada pessoa enferma buscando uma cura para si.

Quantas pessoas podiam ser curadas em tantos anos?
Quantas vezes mais de uma cura foi realizada junto àquele poço?

Finalmente, Jesus atingiu a maioridade.

Sozinho, sem seus discípulos, Jesus vai ao poço.

E se coloca ao lado do paralítico. Sempre colocado longe do poço.
Sempre em sua maca, sem nunca se mover, sem a ajuda, sem ninguém ao seu lado.

A pergunta é feita de modo direto.

- Queres ser curado?

Aquela alma responde em tom de choro.

Quantos anos a misericórdia de Jesus aguardou pacientemente por curar àquela alma enferma?
Quantos anos Jesus realizou outras curas anônimas junto ao poço de Betesda? Alguns enfermos que inclusive conseguiram a ajuda e a misericórdia de outros? Pessoas que ficaram cinco, seis anos sem a ajuda de uma pessoa humana?

Enquanto aquela alma estava ali há mais tempo do que as visitas de Jesus ao local?

O bom Mestre desejava talvez uma cura coletiva de todos os presentes ao poço?

A realizou em algum momento desde os seus doze anos?

Onde ficaram registradas?

O melhor de Deus sempre pode estar reservado para o final.

Basta orarmos para encontrar suas maravilhosas proezas.

A paz de Cristo.

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