Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus.
E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor;
e quem está em amor está em Deus, e Deus nele. I João 4:15-16
Como descrever o amor que sentimos por uma pessoa que amamos??
Os seres humanos podem amar animais, objetos e outros seres humanos.
Um homem rico demonstra amor ao dinheiro.
Um ateu é capaz de amar alguém e ser amado.
Uma mulher pode amar todos os seus gatos e negar amor à sua própria filha.
E o amor é descrito como sendo o próprio Deus.
Mas como descrevemos um sentimento? sabemos que ele existe, que ele é real, porque o sentimos. Sabemos quando somos amados. Sabemos quando amamos alguém.
Negar a existência de Deus seria possível SE O AMOR NÃO EXISTISSE.
Mas o amor existe. Logo se Deus, é amor, Deus também existe!!
Aqui, todo o conceito ateu da existência de Deus cai por terra.
Apesar de existir o amor, o inimigo de Deus encontra formas criativas de tornar do AMOR UM DEMÔNIO.
M. Denés de Rougement afirmou certa vez:
"O amor deixa de ser um demônio somente quando cessa de ser um deus."
Como isso acontece??
Ora, há inúmeras demonstrações de amor por parte dos seres humanos errôneas. Os exemplos citados podem servir a esse propósito.
Mas podemos ver um demônio exigindo de nós compromisso em casa, fidelidade e que fiquemos calados para seus erros quando casamos.
O amor vira um demônio quando passa a exigir de nós o que deveríamos entregar livremente e ser recebido livremente:
1. Fiquemos calados para seus erros
2. Quando exige que amemos em situações sofríveis causadas por suas escolhas erradas
3. Quando abusa de nossa paciência e dedicação
O amor começa a ser um demônio no momento em que começa a tentar ser um deus no mundo.
E quantas pessoas não tentam se fazer iguais a Cristo neste mundo do modo errado??
C.S. Lewis já dizia que o maior erro do século 19 foi a idolatria, tanto do amor erótico como das afeições domésticas. Os escritores daquela época, como Kingsley, falam muitas vezes como se pensassem que apaixonar-se era o mesmo que santificar-se.
Quando achamos que o amor não é correspondido, quando achamos que fomos esquecidos, o amor vira ódio. Quando somos preteridos, algumas pessoas acham justo que padeçamos, não podemos ser felizes, porque elas não estão conosco e não são felizes ou porque segundo elas não amamos com quem estamos e devemos ser infelizes.
A questão das escolhas de vida fica muito longe nesses momentos. O ódio é o motivo e a razão principal das ações.
E há cristãos que pregam que se você não se apaixonou e não se casou com a pessoa pela qual se apaixonou, não pode santificar-se ou atingir o grau de perfeição adequado para servir ao Senhor.
Livre-me Deus dessa cegueira!!
E a nós todos de tais conceitos!!!
Muitas pessoas criaram princípios como o da prédestinação magoadas ou totalmente mergulhadas na doutrina do século 19. Essa doutrina serve bem aos dois lados da questão e parece resolver o caso para aqueles que encontraram o amor neste mundo, ficando com ele ou não ficando.
Ao dar atenção a Deus e as palavras de João, podemos ver o quanto distoante muitas de nossas ações e desejos parecem estar de Jesus e seus ensinamentos. A noção de controle e de farisaismo - excesso de santidade, excesso de coisas certas e atitudes corretas - parece distanciar as pessoas da humildade, da mansidão e do amor fraternal tanto apregoado por João.
Exigir o que deve ser dado livremente é um tremendo erro. Se comportar como deus neste mundo, fazendo do amor uma arma a seu favor, devia fazer corar corações cristãos.
A paz de Cristo.
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