Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse,
aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo:
Bem-aventurado os humildes de espírito, porque deles
é o reino dos céus. Mateus 5:1-3
É a história de um homem num monte distante do Sinai.
Sua aparência era um tanto quanto incomum. Mas sua oratória era bem o oposto disso.
Por que Jesus começou o sermão assim?
É compreensível, porque ser humilde de espírito é o começo - o começo de um relacionamento reto com Deus, o começo de um relacionamento justo com seu vizinho, o começo de um vida cristã autêntica. É o início de nossa capacidade de colocar em prática os profundos ensinamentos do Sermão do Monte, e à medida que destrinchamos essas palavras, veremos que será o começo de um testemunho de vida mais convincente no trabalho.
Muitos ainda ficam confusos com a expressão humilde de espírito, apesar de se referir a um dos ensinamentos com que estamos familirizados. Ser humilde de espírito simplesmente que dizer ter uma atitude humilde diante de Deus, aceitar suas regras, seus padrões e seu plano para nossas vidas. Significa colocar nossa vontade - o nosso espírito - em segundo plano e a vontade de Deus em primeiro.
A ordem é relativamente fácil de entender.
É um ensinamento que nos manda sacrificar o bezerro de ouro, o qual nos leva a fazer as coisas do nosso jeito, e nos voltarmos àquele que conhece o melhor caminho para nossas vidas. Mas desde a época em que um casal infame comeu da árvore no centro do Jardim do Éden, as pessoas têm se rebelado contra esse ensinamento.
Isso é visível, por exemplo, na resistência da cobiça do rei Davi, homem que tinha tudo, mas que ainda assim queria Bate-Seba, uma mulher casada.
É visível na justiça do próprio Jonas, que fugiu em vez de ajudar a salvar os pagãos.
É visível no materialismo do jovem rico que rejeitou a mensagem do mestre para vender tudo o que tinha.
É visível na ganância de Judas quando vendeu o Salvador por moedas de prata.
Nosso desafio é o de fazer as coisas de forma diferente. Esse é o chamado da primeira bem-aventurança que, como veremos, será reiterado nas outras. Como cristãos, devemos nos desvincular da duvidosa tradição da auto-suficiência e fazer algo que pode parecer um tanto quanto antinatural: deixar Deus nos guiar - guiar tudo o que pensamos e fazemos - 24 horas por dias, sete dias por semana.
COMO APLICAR O PRINCÍPIO NO LOCAL DE TRABALHO
Quando esses princípios são simplesmente palavras na página de um livro, eles parecem bem diretos. No entanto, tente imaginar quão radical esse ensinamento é, quando aplicado na sua vida profissional.
O princípio de ser humilde de espírito no trabalho como algo que guia seu comportamento significa que Deus é o verdadeiro chefe.
É para ele que você trabalha.
É a Ele que você deve procurar agradar quando assume uma tarefa ou se relaciona com as pessoas. As implicações dessas verdades são enormes e um tanto quanto atordoantes.
Essa primeira bem-aventurança significa que é seu dever dar o máximo de si no trabalho, ainda que você não receba quanto acha que merece, ainda que não seja promovido ou ainda que se sinta explorado pela pessoa que determina seu horário de trabalho.
Significa que não importa quão ocupado você esteja, sua família vem antes do seu trabalho.
Significa que você não se preocupa com o que os seus colegas de trabalho pensam de você.
E significa que é seu dever perdoar aquele chato do seu colega de trabalho que parece ser o responsável por todas as coisas que dão errado na empresa.
Para o caixa do mercado, significa que ele tem de ficar em pé atrás da máquina registradora na véspera de um feriado com um sorriso no rosto, tratando cada cliente com respeito - até mesmo aqueles que lhe dão uma bronca porque a fila já dá volta no corredor.
Para a pessoa da área de computação, significa resistir à tentação diária de entrar em sites impróprios.
Para o gerente, significa importar-se com as pessoas antes dos lucros, fazer propagandas íntegras, ser sensível a seus subordinados e agir como mordomo, não como proprietário, do capital financeiro que Deus lhe confiou.
Para a secretária sobrecarregada, significa atender o telefone pela milésima vez com o mesmo entusiasmo da primeria ligação.
Para a pessoa agraciada por Deus com o talento de fazer amizades, significa usar esse dom para, verbal e diplomaticamente, espalhar o Evangelho, departamento por departamento.
Por quê?
Porque quando você é humilde de espírito, você não trabalha mais para determinada empresa; você não mais trabalha pelo dinheiro, pelos benefícios, pela promoção ou pelo reconhecimento; e você não trabalha mais para o encarregado, para o supervisor, para o diretor executivo, para os acionistas ou para qualquer outra pessoa.
Ser humilde de espírito no trabalho significa que, acima de tudo, você trabalha para aquele que lhe deu a capacidade de trabalhar e que você procura honrá-lo em tudo o que fizer.
Isso é possível.
E pode tornar-se realidade hoje se você estiver disposto a tomar a decisão racional de acabar com qualquer que seja o bezerro de ouro que tenha tomado conta de você no trabalho e substituir esse ídolo por Deus.
A paz de Cristo.
FÉ NO TRABALHO - Michael Zigarelli
pp. 24-7
aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo:
Bem-aventurado os humildes de espírito, porque deles
é o reino dos céus. Mateus 5:1-3
É a história de um homem num monte distante do Sinai.
Sua aparência era um tanto quanto incomum. Mas sua oratória era bem o oposto disso.
Por que Jesus começou o sermão assim?
É compreensível, porque ser humilde de espírito é o começo - o começo de um relacionamento reto com Deus, o começo de um relacionamento justo com seu vizinho, o começo de um vida cristã autêntica. É o início de nossa capacidade de colocar em prática os profundos ensinamentos do Sermão do Monte, e à medida que destrinchamos essas palavras, veremos que será o começo de um testemunho de vida mais convincente no trabalho.
Muitos ainda ficam confusos com a expressão humilde de espírito, apesar de se referir a um dos ensinamentos com que estamos familirizados. Ser humilde de espírito simplesmente que dizer ter uma atitude humilde diante de Deus, aceitar suas regras, seus padrões e seu plano para nossas vidas. Significa colocar nossa vontade - o nosso espírito - em segundo plano e a vontade de Deus em primeiro.
A ordem é relativamente fácil de entender.
É um ensinamento que nos manda sacrificar o bezerro de ouro, o qual nos leva a fazer as coisas do nosso jeito, e nos voltarmos àquele que conhece o melhor caminho para nossas vidas. Mas desde a época em que um casal infame comeu da árvore no centro do Jardim do Éden, as pessoas têm se rebelado contra esse ensinamento.
Isso é visível, por exemplo, na resistência da cobiça do rei Davi, homem que tinha tudo, mas que ainda assim queria Bate-Seba, uma mulher casada.
É visível na justiça do próprio Jonas, que fugiu em vez de ajudar a salvar os pagãos.
É visível no materialismo do jovem rico que rejeitou a mensagem do mestre para vender tudo o que tinha.
É visível na ganância de Judas quando vendeu o Salvador por moedas de prata.
Nosso desafio é o de fazer as coisas de forma diferente. Esse é o chamado da primeira bem-aventurança que, como veremos, será reiterado nas outras. Como cristãos, devemos nos desvincular da duvidosa tradição da auto-suficiência e fazer algo que pode parecer um tanto quanto antinatural: deixar Deus nos guiar - guiar tudo o que pensamos e fazemos - 24 horas por dias, sete dias por semana.
COMO APLICAR O PRINCÍPIO NO LOCAL DE TRABALHO
Quando esses princípios são simplesmente palavras na página de um livro, eles parecem bem diretos. No entanto, tente imaginar quão radical esse ensinamento é, quando aplicado na sua vida profissional.
O princípio de ser humilde de espírito no trabalho como algo que guia seu comportamento significa que Deus é o verdadeiro chefe.
É para ele que você trabalha.
É a Ele que você deve procurar agradar quando assume uma tarefa ou se relaciona com as pessoas. As implicações dessas verdades são enormes e um tanto quanto atordoantes.
Essa primeira bem-aventurança significa que é seu dever dar o máximo de si no trabalho, ainda que você não receba quanto acha que merece, ainda que não seja promovido ou ainda que se sinta explorado pela pessoa que determina seu horário de trabalho.
Significa que não importa quão ocupado você esteja, sua família vem antes do seu trabalho.
Significa que você não se preocupa com o que os seus colegas de trabalho pensam de você.
E significa que é seu dever perdoar aquele chato do seu colega de trabalho que parece ser o responsável por todas as coisas que dão errado na empresa.
Para o caixa do mercado, significa que ele tem de ficar em pé atrás da máquina registradora na véspera de um feriado com um sorriso no rosto, tratando cada cliente com respeito - até mesmo aqueles que lhe dão uma bronca porque a fila já dá volta no corredor.
Para a pessoa da área de computação, significa resistir à tentação diária de entrar em sites impróprios.
Para o gerente, significa importar-se com as pessoas antes dos lucros, fazer propagandas íntegras, ser sensível a seus subordinados e agir como mordomo, não como proprietário, do capital financeiro que Deus lhe confiou.
Para a secretária sobrecarregada, significa atender o telefone pela milésima vez com o mesmo entusiasmo da primeria ligação.
Para a pessoa agraciada por Deus com o talento de fazer amizades, significa usar esse dom para, verbal e diplomaticamente, espalhar o Evangelho, departamento por departamento.
Por quê?
Porque quando você é humilde de espírito, você não trabalha mais para determinada empresa; você não mais trabalha pelo dinheiro, pelos benefícios, pela promoção ou pelo reconhecimento; e você não trabalha mais para o encarregado, para o supervisor, para o diretor executivo, para os acionistas ou para qualquer outra pessoa.
Ser humilde de espírito no trabalho significa que, acima de tudo, você trabalha para aquele que lhe deu a capacidade de trabalhar e que você procura honrá-lo em tudo o que fizer.
Isso é possível.
E pode tornar-se realidade hoje se você estiver disposto a tomar a decisão racional de acabar com qualquer que seja o bezerro de ouro que tenha tomado conta de você no trabalho e substituir esse ídolo por Deus.
Esse é o caminho para a sabedoria na vida profissional. E quando finalmente encontrarmos a coragem para iniciar a jornada nesse caminho - quando, numa atitude de fé, decidirmos confiar e depender da direção de Deus para nossas atitudes e comportamento - colheremos os benefícios que Jesus prometeu aos humildes de espírito:
"deles é o reino dos céus."
A paz de Cristo.
FÉ NO TRABALHO - Michael Zigarelli
pp. 24-7
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