Recorda-te-ás de todo o caminho pelo qual o
SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes
quarenta anos, para te humilhar, para te provar,
para saber o que estava no teu coração, se
guardarias ou não os seus mandamentos.
Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e
te sustentou com o maná, que tu não
conhecias, nem teus pais o conheciam, para
te dar a entender que não só de pão viverá
o homem, mas de tudo o que procede da boca
do SENHOR viverá o homem.
Nunca envelheceu a tua veste sobre ti, nem se
inchou o teu pé nestes quarenta anos.
Sabe, pois, no teu coração, que, como um
homem disciplina a seu filho, assim te disciplina
o SENHOR, teu Deus.
Guarda os mandamentos do SENHOR, teu Deus,
para andares nos seus caminhos e o
temeres; Deuteronômio 8:2-6
Quando ensinamos as crianças sobre o amor
de Jesus começamos pelo Novo Testamento ou
por pequenas porções do Antigo Testamento.
Falamos sobre a roupa de José.
Recordamos Moisés abrindo o mar Vermelho, mas
não nos estendemos na história para mostrar às
crianças o que aconteceu no deserto.
Não queremos que elas pensem que o Senhor
Jesus é vingativo e não perdoa àqueles que
pecam contra sua santidade. Não queremos dizer
a elas que Deus é bom, mas que você não pode errar
muito. Se errar muito e Ele estiver presente... Bem,
ele pode te matar por isso.
Sim. A resposta seria essa.
Diante de Deus nós morremos.
E por isso quarenta anos no deserto fizeram crianças,
jovens e adolescentes se tornarem adultos e serem
disciplinados, como lembrou Moisés em Deuteronômio.
Moisés não podia ter dito isso deste o início?
Bem, parece que Moisés também estava aprendendo,
porque ele também errou e seria o último a morrer
antes de o povo de Israel atravessar o Jordão e
adentrar a Terra Prometida.
As crianças foram humilhadas, maltratadas, alimentadas
com maná e disciplinadas para nunca errarem e terem
abominação a qualquer um que errasse contra o SENHOR.
Eram guerreiros de Deus. Anjos treinados para uma
guerra santa.
A ideia de guerra santa está contida dentro dos
livros de Moisés. A guerra, no entanto, seria travada
na terra entre os homens. Somente muitos e
muitos anos depois o mundo estaria pronto para
conhecer a Deus e seu Cristo que morreria por todos
nós.
Sem os guerreiros de Moisés do deserto não haveria
a vinda de Cristo.
Na verdade, pela existência deles e pelo sofrimento que
vivenciaram e passaram no deserto, quarenta anos, é que
o Cristo de Deus viria em carne à terra.
Eles foram humilhados, passaram fome e a única graça
que receberam foram as roupas não se envelhecerem e
seus pés não terem bolhas no deserto. Mas milhares morreram
e foram dizimados durante àqueles anos pela presença de
Deus em sua "casa", o Tabernáculo. Um Deus que em Sua
santidade chegou a dizer que destruiria todos eles e faria
de Moisés uma grande nação. Que conhecia o coração de Moisés
e o amor que nutria pela sua gente - Moisés chegou a matar um
egípcio que maltratava um escravo israelita.
Um SENHOR severo diante de um homem misericordioso,
manso e fiel que seria incapaz de deixar o mais fraco para
trás e que desesperava quando o povo gritava como criança
e reclamava do sofrimento que lhe era infligido. Que foi capaz
de pedir que seu nome fosse riscado do livro sagrado e que ouviu
a resposta de Deus que pode soar até mesmo arrogante: "Riscarei
do livro quem eu quiser riscar".
As doutrinas e as provações mostraram um Deus magoado com
um homem que foi capaz de comer o fruto da árvore do conhecimento
do bem e do mal e um Moisés capaz de amar até o fim e não abandonar
seu povo.
"- Tio, por que ele matou tantos?
- Talvez porque ainda estava magoado conosco por termos escolhido
abandoná-Lo. E Moisés estava ali para ensinar o amor e para lembrar
a Deus que foi Seu amor que nos criou."
Sim.
Precisamos ter respostas para os pequeninos.
Eles tem o direito de abrir a Bíblia ao acaso e ler as histórias
que desejarem.
O maná caiu até que o povo entrasse na Terra Prometida.
Queira Deus que o Espírito Santo não nos abandone na primeira
falha ou pecado que cometermos!
Queria Deus que o Espírito Santo seja dotado do mesmo sentimento
que teve Moisés com o povo de Israel no deserto.
Um homem que aprendeu a temer a Deus em tudo porque também
precisou ser treinado para isso.
Um homem que tinha amor dentro de si como poucos parecem ter
possuído diante das grandes fraquezas humanas.
Você realmente amou alguém nestes dias?
Você foi capaz de se sacrificar para que outros pudessem saber
o sentido do amor de Deus?
Aprenda com Moisés o que foi necessário para que Jesus
andasse neste mundo.
Graça e Paz.
By
Leonardo Metelys
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