Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura.
Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a
tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira,
carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus
pífaros; no dia em que foste criado foram preparados.
Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte
santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.
Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado,
até que se achou iniqüidade em ti.
Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência,
e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer,
ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas.
Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a
tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos
reis te pus, para que olhem para ti.
Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio
profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo,
que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra,
aos olhos de todos os que te vêem. Ezequiel 28:12-18
Por que Deus permitiu que Lúcifer ainda vivesse?
Alguns podem responder a essa pergunta do seguinte modo: porque
Deus o amava. Porque a morte não existia nos céus e não deveria
existir em um Universo que adora a Deus. Assim sendo, em vez
de matá-lo Deus o baniu dos céus e o arremessou na terra.
Por que Deus arremessou Lúcifer na Terra? Ela não acabara de
ser criada?
Sabemos hoje que no Universo existem milhares e milhares de estrelas,
milhares de eventos físicos afora de nosso mundo.
Por que Deus não arremessou Lúcifer de encontro a um buraco negro
ou de encontro a uma estrela qualquer para que ele ardesse por
toda a eternidade?
Por que lançar Lúcifer a terra?
Para responder às perguntas que Lúcifer cogitara nos céus. Perguntas
sobre a graça de Deus, sobre se amar a Deus e obedecê-Lo era melhor
a todas as criaturas celestes ou se eles não seriam obrigados a
adorar a Deus inteiramente.
Pergunta-se então: Por que arremesá-lo contra uma terra recém-criada
e sem defesa contra as forças de Lúcifer? Porque uma outra estrela ou
outro grupo de seres celestes não o recebeu a fim de responder a todas
estas questões? Porventura, o Senhor considerou que como éramos
recém-criados deveríamos ser o alvo de todas estas ações? Criaturas
celestes mais antigas não poderiam responder a todas estas perguntas
e questões com tantos anos de existência na presença
de Deus? Esses seres celestes seriam imparciais em seus julgamentos?
Retornando a nossa primeira pergunta: Se Deus foi capaz de não matar a Lúcifer e comprometer toda a raça humana e o amava tanto assim, significa dizer que Ele nos amou menos. Se Lúcifer foi capaz de tomar o lugar de Deus e fazer o que foi capaz de fazer, Lúcifer pode não ser capaz de morrer mais e por isso será condenado ao fogo eterno. Mas morrer, não morrerá.
Recebemos Lúcifer por sermos os mais jovens em todo o Universo? E
isso seria uma clara atribuição à pirâmide antiga de que os mais
antigos não devem ser punidos ou receber a mesma punição de um
condenando? Assim, os mais jovens devem responder por isso e não
contaminar os mais velhos - que existiam antes deles ?
Qual será o destino da terra no fim?
Será destruída e reconstruída. Porque foi contaminada pela presença
de Lúcifer em seu seio. Não o conhecíamos e éramos recém-criados,
mas receberemos a mesma condenação de morte atribuída à Ele por isso.
Os bilhões e bilhões de vidas contaminados por suas ações. Todo o
sofrimento gerado na terra devido à sua presença. No fim, seremos
todos condenados porque nossos pais fizeram a escolha errada.
Essa escolha errada não foi dirigida? O resultado da escolha de nossos
pais poderia realmente ser outro sem Lúcifer habitando neste planeta?
Nessas colocações somos injustos em julgar arbitrário o fato de Lúcifer
ter sido atirado à terra e a ter contaminado?
Analisando filosoficamente estas colocações, a presença de Lúcifer
entre nós foi a causa principal de nossa queda. O ser atirado à terra
estava fora de nosso controle - foi determinação dos céus, de Deus.
Se o Senhor nosso Deus sabe todas as coisas, se nos amou realmente incondicionalmente, por
que precisaríamos ser provados? Por que precisaríamos ser testados devido ao nosso livre-arbítrio? A resposta para isso é novamente responder as perguntas levantadas por Lúcifer nos céus. Mas que mais uma vez confirmam as palavras de que Deus nos amou menos.
E como Deus corrigiria a injustiça de haver lançado contra bebês recém-criados um anjo do poderio de Lúcifer? Como evitar que ele nos manchasse com o que fizera? Ora, Deus deveria morrer por nós para comprovar que amava sua criação. Desse modo ele não condenaria Lúcifer a morte e resgataria a raça humana da morte eterna. Morrendo por ela. Assim a equação de injustiça contra nós no início seria balanceada. Isso estaria disponível a todos os que aceitassem a morte de Cristo.
Deus não mataria ninguém porque Deus não convive com a morte. Lúcifer não morreria seria condenado ao fogo eterno. E Deus derrotaria a morte uma única vez triunfando sobre ela a fim de que o homem tivesse escapatória da morte eterna.
E Deus pode assim continuar sendo Deus e não matando coisa alguma. A culpa de toda a morte reinante na terra será assim atrubuída à presença de Lúcifer. E o homem terá uma chance de viver eternamente - desde que aceite a morte de Cristo em seu lugar naquela cruz.
Contudo, neste mundo existem dois deuses. Um que utiliza a nossa carne e ao qual estamos inclinados a servir desde que nascemos. E o outro que criou este mundo e foi negado por Ele para morrer em uma cruz.
E milhares e milhares de vidas - para não dizer bilhões - se inclinam a ouvir o Deus da carne mais do que ao Deus criador das luzes deste mundo.
Lúcifer não criou todas as outras religiões do nada. As pirâmides, os falsos deuses todos falam da acusação de abandono da raça humana por parte de Deus. Os que ficam embaixo pagam o preço dos que estão acima, etc. e etc.
A condenação da terra é de certo modo injusta e arbitrária. Porque a solução de Deus é perfeita para toda a raça humana, mas boa parte da raça humana não quer fazer esta escolha.
Porque seremos julgados por também havermos matado o filho
de Deus, que precisou ser morto quando nossos pais, Adão e Eva,
pecaram contra Deus. Esse mundo condenou o filho do Deus Vivo
à morte. Tudo por influência do pecado causado por Lúcifer. E foram os seus anjos que O condenaram à morte, acima de tudo e acima de toda escolha humana.
Lúcifer assim não será condenado sozinho. Nos tornamos participantes em sua causa, mesmo não sendo seus partidários. A desculpa para isso é que escolhemos ouvir suas mentiras e que comemos da árvore que nunca deveríamos comer. Deus nos pede obediência.
Uma obediência exigida como obediência cega. Que tem a aparência de ser obediência cega. Que deve se calar e se manter calado enquanto vê injustiças, enquanto assiste decisões arbitrárias e condenações sem sentido. Tudo para que a vontade de Deus se cumpra em nossas vidas e na vida das pessoas que nos cercam. Deus escolheu o caminho do sofrimento porque não havia um outro caminho a seguir. Ele condenou este mundo a viver com Lúcifer enquanto Se preparava para morrer pelos seres humanos. Porque somente a morte pagaria o preço não somente de nossa desobediência contra Deus, mas também pelo fato de não termos sido amados no princípio.
Estamos prontos para ouvir todas as verdades? Quantas verdades precisam ser ditas a raça humana ainda? Quantas verdades mais duras precisaremos ouvir? O nosso coração estará algum dia pronto inteiramente para suportar todas elas?
Nossos pais eram crianças e de nada sabiam da guerra nos céus. Foram condenados por falhar uma única vez. E todos os que falham uma única vez perdem suas vidas para sempre. A todos que se convertem a Cristo é dito "Vá e não peques mais". Porventura, o amor de Deus repousa naqueles que continuam pecando após aceitar a Cristo? Muitas religiões cristãs divergem neste ponto. Mas nas Escrituras está registrado que se você se arrepender, Deus perdoará seus pecados. Continuamente ?
Deus é misericordioso somente com os que aceitam a morte de Seu filho amado? Quanto aos vivos que não apóiam a Cristo serão perseguidos por Ele até sua morte neste mundo? E depois seguirão para o lago de fogo e o inferno por toda a eternidade?
A graça e a misericórdia só estão à disposição dos que podem obedecer cegamente?
A fé nos exige que ignoremos toda a lógica. A fé fala de um Deus misericordioso e cheio de graça. Uma graça que não esteve presente quando as duas crianças iniciais - Adão e Eva - pecaram no jardim do Éden.
Estaria Deus ainda impactado com os atos de Lúcifer nos céus para demonstrar misericórdia a crianças tão inocentes e fomos punidos por isso?
Não temos todas as respostas, não conhecemos todas as coisas concernentes
a história original. Lúcifer participou na concepção de nosso mundo e
por isso fomos condenados juntos com ele? Teve Lúcifer participação em
nossa existência e por isso merecemos ser sua prisão eterna enquanto
aguarda seu futuro julgamento?
Deus nos pede somente que tenhamos fé em suas ações. A história de nossa criação está descortinada com recortes diante de nossos olhos. As razões de Deus nos são ocultas. Este mundo maravilhosamente concebido e criado merecia a perfeição em todos os sentidos. Por que contaminar tão singela beleza? Por que macular uma jóia tão infinitamente bela ainda sem par no Universo conhecido pelos seres humanos? Ainda vasculhamos os céus na esperança de encontrar um lar tão maravilhoso quanto este...
Nenhuma condenação é realizada sem que todos os fatos sejam colocados
sobre a mesa e sejam analisados.
O tempo necessário para tudo isso deve ser relevante.
Todas as vidas deste mundo sofrem injustamente devido as ações
posteriores à nossa existência nesse mundo.
Analisando racionalmente cada uma delas o homem não teria prazer algum
em buscar a Deus ou se submeter à Sua guia. Não tivemos controle sobre
os eventos anteriores a condenação de nossos pais. Não pudemos opinar
sobre receber Lúcifer ou não neste mundo. Por que nossos irmãos mais
velhos não demonstraram amor para se submeter como prisão de Lúcifer
em nosso lugar - numa clara demonstração do amor de Cristo por seres
recém-criados, bebês, e não conhecedores do mal neste mundo? Fomos
considerados desde o princípio como irmãos e filhos de Deus desde
nossa concepção? Ou fomos vistos com desleixo e desamor por aqueles
que a tantas e tantas gerações servem a Deus em amor?
Não conhecemos todas as respostas.
Embora tenhamos inúmeras perguntas.
A fé deve nos bastar para cada uma delas por enquanto.
Graça e Paz.
By
Leonardo Metelys.
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