TRABALHO FÁCIL (Revisado)

E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou
todos os que vendiam e compravam no templo,
e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras
dos que vendiam pombas.
E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será
chamada casa de oração. Mas vós a tendes 
convertido em covil de ladrões. Mateus 21:12-13 (ARC)

Se Jesus pudesse adentrar alguns de nossos templos modernos seríamos capazes de o ver agir também do modo descrito acima em algumas de nossas igrejas?

Compactuamos com o roubo em demasia dos fiéis em nossas igrejas. Estamos cercados de pessoas que pedem sempre mais e se trajam como os fariseus dos tempos de Jesus: são cheios de boas obras, de bom caráter, não se misturam com os pecadores e falam a plenos pulmões que o dinheiro pode comprar um lugar entre os homens para os fiéis da igreja.

Basta você crer em suas palavras e ter fé em Deus que a prosperidade o alcançará. Eles pedem que você entregue o seu dízimo e sua oferta para que os celeiros da igreja estejam cheios a fim de que possam usar este dinheiro e comprar um lugar entre os homens no mundo.

Será que Deus realmente deseja que isso seja desse modo?

Devemos realmente comprar um lugar com o dinheiro que damos às igrejas no mundo? Entre os homens?

Hoje se prega transformação entre vários púlpitos de igrejas. Vários pastores em certas congregações já estiveram detidos atrás das grades. Paulo escreveu que um bom pastor e presbítero só deveria receber o dom do sacerdócio se fosse um bom pai de família,
soubesse cuidar da casa e dos seus. Eu me pergunto quanto tempo estes pastores que estiveram atrás das grades fizeram assim entre seus familiares e amigos. 

Também recebemos a ordenança de não impor as mãos precipitadamente sobre a cabeça de alguém a fim de não participar de seus pecados (1 Timóteo 5:22).

Mas quantos realmente não tem feito isso empolgados com os resultados obtidos por esta ou aquela pessoa?

Esse mundo tem pressa demais.

Esse mundo requer dinheiro demais.

E tais coisas não convém à igreja cristã.

A informática e o trabalho com a internet favorecem nos dias de hoje a chegada mais rápida a mídia de pessoas que fazem algum trabalho. Também é verdade que o computador tornou mais rápido certos roubos digitais e a destruição em segundos da imagem de uma pessoa. Basta acompanhar a mídia para saber que se pode construir tão rapidamente a imagem de alguém como é fácil destruí-la. 

Não vendemos indulgências ainda nos dias de hoje?

Sim. São pedidos demasiados de ofertas e dízimos a fim de enriquecer a igreja com o propósito de torná-la forte neste mundo. 

Não somos fortes segundo os preceitos do Senhor.

Não somos fortes segundo a vontade de Deus que pode nos abater ou não. Queremos ser fortes em tempo integral entre os homens. Ainda que Deus decida que seremos os fortes este ano sendo humilhados e pisoteados a fim de que nossa força espiritual seja notória há aqueles entre nós que não aceitam derrotas e querem ser fortes entre os homens e não para Deus. 

A força de Deus em muitos momentos se aperfeiçoa na fraqueza.

A força de Deus para um futuro promissor e honesto pode passar por momentos de sofrimento, momentos em que a nossa amassadeira não está cheia nem repleta de dinheiro, mas em que a força de nossa unidade cristã como membros de uma igreja, como servos dedicados do Senhor une nossas mãos para louvar ao Seu nome com regozijo e com fé.
Não se admire se Jesus derrubar mesas e cadeiras em sua igreja.

Admire-se de isso estar escrito a mais de dois mil anos e ainda ser uma verdade em nossos dias.

Escândalos envolvendo ministros e pastores deveriam afastá-los dos púlpitos e da tv. 

É o dinheiro que possuem e o status social que alcançaram que os mantém ainda ali. 

Aprenda a discernir roubo e idolatria.

E saiba fazer isto antes de eleger pessoas que daqui a dois ou três meses estarão nas manchetes dos jornais com o novo político ladrão que foi pego com a boca na botija
e se dizia pastor e ministro de Deus.

Não compre um lugar neste mundo entre os homens.

Procure um lugar nos céus com Jesus.


Graça e Paz.

Por

Manoel Leonardo Metelis Florindo

Texto publicado em 22.07.2012