Assim, a escolta, o comandante e os guardas dos judeus
prenderam Jesus, manietaram-no e o conduziram primeiramente
a Anás, pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano.
Ora, Caifás era quem havia declarado aos judeus ser conveniente
morrer um homem pelo povo. João 18:12-13 (RA)
Então, o sumo sacerdote interrogou a Jesus acerca dos seus
discípulos e da sua doutrina. Declarou-lhe Jesus: Eu tenho
falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto
nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem,
e nada disse em oculto. Por que me interrogas? Pergunta aos que
ouviram o que lhes falei; bem sabe eles o que eu disse. Dizendo
ele isto, um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em
Jesus, dizendo: É assim que falas ao sumo sacerdote? Replicou-lhe
Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se falei bem,
por que me feres? Então, Anás o enviou, manietado, à presença
de Caifás, o sumo sacerdote. João 18:19-24 (RA)
Processo irregular.
Um grande circo armado.
Até hoje achamos muito difícil separar as duas passagens acima de maneira
distinta. Se tratam-se de duas fases distintas do julgamento de Jesus ou
se correspondem a uma única fase.
Anás era um dos líderes judeus mais influentes na época de Jesus. Tinha sido
deposto pelos romanos do poder do Sinédrio, mas continuava uma figura
política influente e importante. Mesmo deposto ainda era reconhecido por
muitos judeus como o sumo sacerdote.
As fases do julgamento de Jesus são marcadas por grandes irregularidades
e violações graves de conduta quanto aos procedimentos judiciais estabelecidos
pelos próprios judeus.
1. O Sinédrio nunca poderia se reunir durante a noite;
2. A pena de morte não podia ser declarada no dia do julgamento;
3. Anás e Caifás deveriam ser desqualificados como juízes devido ao
seu preconceito (Jo. 18.14);
4. O processo envolveu depoimentos e testemunhas falsas (Mt 26.59-60);
5. Ao contrário do que foi alegado no julgamento, Jesus não era culpado
de blasfêmia, uma vez que as suas declarações não ultrajavam o nome
de Deus;
6. Jesus sofreu agressões físicas dos guardas durante o processo (Jo 18.22; Mc 14.65);
7. O Sinédrio não tinha permissão de se reunir e julgar crimes passíveis de
morte na véspera do sábado ou dos dias festivais. Isto era violar o sábado.
Todas estas contravenções deixavam claro que a condenação pelas autoridades
judaicas não passou de uma paródia judaica grotesca.
O mais incrível de tudo isto é o registro de João 18.28 que diz que os judeus não
entraram no pretório a fim de não se contaminarem e comerem a Páscoa.
O pretório, a residência oficial do governador romano, um lugar de hostilidade entre romanos e judeus, impuro para eles, foi o local de colaboração utilizado para a morte de Jesus.
Ao entregarem Jesus aos romanos, os judeus sequer tinham uma acusação formal contra ele. Um julgamento devia começar com uma acusação formal, mas os judeus nada tinham a oferecer que pudesse ser considerado legítimo por um tribunal romano, muito menos uma que provasse um crime passível de morte.
A morte encontrou Jesus do modo mais vil e humano possível. Através da
política e de acordos entre pessoas que se odiavam.
Não é diferente de alguns dos acordos políticos atuais para evitar que pessoas
de boa índole cheguem ao poder nos dias de hoje, correto?
Tenhamos a coragem de buscar sempre a verdade.
Graça e Paz.
Por
Manoel Leonardo Metelis Florindo
prenderam Jesus, manietaram-no e o conduziram primeiramente
a Anás, pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano.
Ora, Caifás era quem havia declarado aos judeus ser conveniente
morrer um homem pelo povo. João 18:12-13 (RA)
Então, o sumo sacerdote interrogou a Jesus acerca dos seus
discípulos e da sua doutrina. Declarou-lhe Jesus: Eu tenho
falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto
nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem,
e nada disse em oculto. Por que me interrogas? Pergunta aos que
ouviram o que lhes falei; bem sabe eles o que eu disse. Dizendo
ele isto, um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em
Jesus, dizendo: É assim que falas ao sumo sacerdote? Replicou-lhe
Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se falei bem,
por que me feres? Então, Anás o enviou, manietado, à presença
de Caifás, o sumo sacerdote. João 18:19-24 (RA)
Processo irregular.
Um grande circo armado.
Até hoje achamos muito difícil separar as duas passagens acima de maneira
distinta. Se tratam-se de duas fases distintas do julgamento de Jesus ou
se correspondem a uma única fase.
Anás era um dos líderes judeus mais influentes na época de Jesus. Tinha sido
deposto pelos romanos do poder do Sinédrio, mas continuava uma figura
política influente e importante. Mesmo deposto ainda era reconhecido por
muitos judeus como o sumo sacerdote.
As fases do julgamento de Jesus são marcadas por grandes irregularidades
e violações graves de conduta quanto aos procedimentos judiciais estabelecidos
pelos próprios judeus.
1. O Sinédrio nunca poderia se reunir durante a noite;
2. A pena de morte não podia ser declarada no dia do julgamento;
3. Anás e Caifás deveriam ser desqualificados como juízes devido ao
seu preconceito (Jo. 18.14);
4. O processo envolveu depoimentos e testemunhas falsas (Mt 26.59-60);
5. Ao contrário do que foi alegado no julgamento, Jesus não era culpado
de blasfêmia, uma vez que as suas declarações não ultrajavam o nome
de Deus;
6. Jesus sofreu agressões físicas dos guardas durante o processo (Jo 18.22; Mc 14.65);
7. O Sinédrio não tinha permissão de se reunir e julgar crimes passíveis de
morte na véspera do sábado ou dos dias festivais. Isto era violar o sábado.
Todas estas contravenções deixavam claro que a condenação pelas autoridades
judaicas não passou de uma paródia judaica grotesca.
O mais incrível de tudo isto é o registro de João 18.28 que diz que os judeus não
entraram no pretório a fim de não se contaminarem e comerem a Páscoa.
O pretório, a residência oficial do governador romano, um lugar de hostilidade entre romanos e judeus, impuro para eles, foi o local de colaboração utilizado para a morte de Jesus.
Ao entregarem Jesus aos romanos, os judeus sequer tinham uma acusação formal contra ele. Um julgamento devia começar com uma acusação formal, mas os judeus nada tinham a oferecer que pudesse ser considerado legítimo por um tribunal romano, muito menos uma que provasse um crime passível de morte.
A morte encontrou Jesus do modo mais vil e humano possível. Através da
política e de acordos entre pessoas que se odiavam.
Não é diferente de alguns dos acordos políticos atuais para evitar que pessoas
de boa índole cheguem ao poder nos dias de hoje, correto?
Tenhamos a coragem de buscar sempre a verdade.
Graça e Paz.
Por
Manoel Leonardo Metelis Florindo
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