Ao fim de cada sete anos, farás remissão.
Este, pois, é o modo da remissão: todo credor
que emprestou ao seu próximo alguma coisa
remitirá o que havia emprestado; não o exigirá
do seu próximo ou do seu irmão, pois a remissão
do SENHOR é proclamada. Do estranho pode exigi-lo,
mas o que tiveres em poder de teu irmão, quitá-lo-ás,
para que entre ti não haja pobre; pois, o SENHOR, teu
Deus, te abençoará abundantemente na terra que te dá
por herança, para a possuíres, se apenas ouvires,
atentamente, a voz do SENHOR, teu Deus, para
cuidares em cumprir todos estes mandamentos que
hoje te ordeno. Deuteronômio 15:1-5
Não se tem evidência de que a ordem dada acima
tenha sido executada em algum momento no
antigo Israel.
Esta lei deveria ser empregada de sete em sete anos.
O perdão de dívidas e a soltura de escravos estava
intimamente relacionado com o coração de cada
israelita: eles deveriam ser prósperos por causa de
Deus e deveriam se lembrar que antes tinham sido
escravos e foram libertos também por causa de Deus.
A terra que passaram a possuir pertencia a Deus e a
cada 50 anos deveria voltar a pertencer àqueles a
quem haviam sido entregues quando os israelitas
tomaram posse da terra.
Esta lei tem a ver com o coração de um ser humano.
Israel deveria ter um bom coração! Deveria lembrar
de que foi escravo, deveria lembrar de que Deus o
libertara. Nunca deveria oprimir seus irmãos, nunca
deveria se esquecer do que Seu Deus fizera a seu
favor.
A intenção de Deus aqui era que o perdão e a graça
deviam ser manifestados em tudo o que seu povo
fazia para com outras pessoas em toda a sua
comunidade e sociedade.
A ideia era muito boa: "para que entre ti não
haja pobres" (versículo 4).
Deus pensou em um equilíbrio econômico entre
o povo.
Dentro deste plano de Deus havia um ponto de
recomeço para cada cidadão de Israel - a terra
ser devolvida a cada 50 anos e as dívidas serem
perdoadas a cada sete anos possibilitavam que os
pobres pudessem recomeçar novamente a lutar
por sua prosperidade.
A chave para tudo isto está em Deuteronômio 15:7-9.
Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos,
em alguma das tuas cidades, na tua terra que o
SENHOR, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu
coração, nem fecharás as mãos ao teu irmão
pobre; antes, lhe abrirás de todo a mão e lhe
emprestarás o que lhe falta, quanto baste para
a sua necessidade. Guarda-te não haja pensamento
vil no teu coração, nem digas: Está próximo o sétimo
ano, o ano da remissão, de sorte que os teus olhos
sejam malignos para com o teu irmão pobre, e não
lhes dês nada, e ele clame contra ti ao SENHOR, e
haja em ti pecado. Deuteronômio 15:7-9.
A chave para a atitude é o coração!
Substitua a palavra cidades neste último versículo
por igrejas.
Pergunte-se porque não realizamos esta prática entre
os nossos irmãos!
Pergunte-se porque dizemos em nossos cultos que todos
somos iguais quando há muitos pobres em nosso meio sem
contar com a piedade, o amor e o auxílio de nossas igrejas.
A comunidade que Deus desejava criar não deveria ter pobres
em seu meio. E se os mesmos existissem deveriam ser auxiliados
e serem lembrados continuamente pela sociedade.
Uma sociedade e comunidade mais justas brotam quando
do coração de cada membro brota a atitude correta.
Por que não pensar em se realizar tal obra hoje dentro de
nossas igrejas? Por que famílias humildes e pobres precisam
ser obrigadas a dar dízimos e ofertas e contar com a ajuda
de Deus se uma igreja rica e poderosa tem os meios de evitar
a pobreza e ensinar atitudes corretas a seus fiéis?
A usura é o principal mal de nossa geração!
A usura cria os grandes pastores e dentre eles reinam os
grandes gastos e os grandes projetos que visam adquirir
mais dinheiro!
Por que Deus ajudaria os pobres em sua igreja... se ela tem
dinheiro suficiente para ler e entender a Palavra de Deus?
Por que sua igreja nada faz pelos pobres em seu meio?
Há um ditado que diz: "Deus não move uma palha para
fazer algo que temos toda a capacidade de fazê-lo."
Basta caráter, disposição...
E uma atitude de coração.
Graça e paz.
By
Leonardo Metelys
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