Então, Faraó chamou a Moisés e lhe disse:
Ide, servi ao SENHOR. Fiquem somente os vossos
rebanhos e o vosso gado; as vossas crianças
irão também convosco.
Respondeu Moisés: Também tu nos tens de dar
em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que
ofereçamos ao SENHOR, nosso Deus.
E também os nossos rebanhos irão conosco, nem
uma unha ficará; porque deles haveremos
de tomar, para servir ao SENHOR, nosso Deus,
e não sabemos com que havemos de servir ao
SENHOR, até que cheguemos lá.
O SENHOR, porém, endureceu o coração de Faraó,
e este não quis deixá-los ir.
Disse, pois, Faraó a Moisés: Retira-te de mim
e guarda-te que não mais vejas o meu rosto;
porque, no dia em que vires o meu rosto,
morrerás. Êxodo 10:24-28 (Bíblia Shedd)
Nove pragas já se haviam abatido sobre o Egito até este
ponto.
Até este ponto, Faraó tentara barganhar com Deus através
de acordos alterados.
Em Êxodo 8:25 Faraó estava em grandes dificuldades. Sangue,
rãs, piolhos e moscas tornaram o Egito uma grande lixeira
pública e o próprio povo clamava pelas ruas. Faraó era para
o Egito um deus vivo. E seu deus parecia amaldiçoado.
Faraó tenta "pechinchar" com Deus dizendo a Moisés que
sacrifique dentro do próprio Egito. Só que os egípcios
possuíam ídolos de touros e de carneiros e não tolerariam
assistir aos sacrifícios desses animais. Moisés recusa
tal coisa.
Em Êxodo 8:28 Faraó novamente permite que eles saiam,
contanto que "não vades muito longe"; Mas Moisés em
Êxodo 5:3 recebera a ordem de Deus de seguir caminho
de três dias no deserto. E novamente recusa a oferta.
Em Êxodo 10:10-11, Faraó usa um emprego blasfemo do
nome de Deus para rejeitar um pedido feito em nome do
Senhor. Faraó já quis ditar o lugar do sacrifício (8:25),
e agora quis limitar o número de participantes do
culto solene.
A oitava praga ocorre depois disso. E Faraó diz "Pequei"
(Êxodo 10:16). Mas uma idéia muito fraca sobre o pecado
é de quem antevê as consequências do seu erro, e quer
se livrar delas.
Faraó teme o poder manifesto em Moisés, mas não teme a
Deus. Como todo pecador, pensa que se trata de um erro
esporádico (esta vez ainda) e não percebe o abismo em
que se precipita sem possibilidade de se salvar sozinho.
E Faráo se endurece mais uma vez.
E a nona praga vem sem aviso prévio.
Não se sabe qual foi a causa das trevas, talvez uma
tempestade de areia ou umas nuvens espessas de cinzas,
vindas de uma erupção vulcânica da região da Grécia;
sabe-se somente que eram limitadas, não chegando ao
lugar dos israelitas (v. 23).
Chegamos a nossa passagem.
Faraó "chamou" Moisés e Arão a fim de oferecer seu
quarto acordo amistoso.
Faraó se vê cada vez mais forçado a conceder algo mais,
sem nunca lhe vir à mente a necessidade de obediência;
tão somente o interessava a própria autoridade real,
não aprendendo que o Altíssimo tem autoridade sobre o
reino dos homens (Dn 4:32; Ap 19:16).
Notável perceber que Moisés já aprendera a lição de
obediência completa à vontade de Deus, e sabe que o
alívio momentâneo de algum compromisso com as exigências
do mundo, comprometeria a plenitude de alegria da
vitória, na sua comunhão com Deus.
O ser humano tem de comparecer perante Deus, com seu
bens, com seu tempo, com seu caráter, oferecendo a
plenitude do seu ser em sacrifício vivo e aceitável
a Deus (Rm 12:1-2).
Não se pode saber de antemão o que há em nós que
Deus quer usar, e por isso devemos permanecer numa
atitude perpétua de oração.
Mesmo após essa profunda entrega, vemos a condição
desastrosa do homem sem Deus. Ordenar a retirada do
profeta de Deus era a maneira de tentar excluir Deus
da vida de Faraó.
Mas Deus não pede audiências aos homens e nenhuma
pessoa que tenta cerrar os ouvidos à voz dos crentes
irá por isso ser poupada da decisão final que todos
enfrentarão: aceitar a salvação que Deus oferece,
ou receber a eterna punição.
E nesse ponto, o próprio Deus se decide a descer ao
Egito.
E sabemos que no fim quem persuadiu a Faraó com a praga
final fora o próprio Deus.
Graça e Paz.
Bíblia Shedd - Coletânea de Comentários e
Apontamentos do Livro de Êxodo. 2a. Edição
Ide, servi ao SENHOR. Fiquem somente os vossos
rebanhos e o vosso gado; as vossas crianças
irão também convosco.
Respondeu Moisés: Também tu nos tens de dar
em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que
ofereçamos ao SENHOR, nosso Deus.
E também os nossos rebanhos irão conosco, nem
uma unha ficará; porque deles haveremos
de tomar, para servir ao SENHOR, nosso Deus,
e não sabemos com que havemos de servir ao
SENHOR, até que cheguemos lá.
O SENHOR, porém, endureceu o coração de Faraó,
e este não quis deixá-los ir.
Disse, pois, Faraó a Moisés: Retira-te de mim
e guarda-te que não mais vejas o meu rosto;
porque, no dia em que vires o meu rosto,
morrerás. Êxodo 10:24-28 (Bíblia Shedd)
Nove pragas já se haviam abatido sobre o Egito até este
ponto.
Até este ponto, Faraó tentara barganhar com Deus através
de acordos alterados.
Em Êxodo 8:25 Faraó estava em grandes dificuldades. Sangue,
rãs, piolhos e moscas tornaram o Egito uma grande lixeira
pública e o próprio povo clamava pelas ruas. Faraó era para
o Egito um deus vivo. E seu deus parecia amaldiçoado.
Faraó tenta "pechinchar" com Deus dizendo a Moisés que
sacrifique dentro do próprio Egito. Só que os egípcios
possuíam ídolos de touros e de carneiros e não tolerariam
assistir aos sacrifícios desses animais. Moisés recusa
tal coisa.
Em Êxodo 8:28 Faraó novamente permite que eles saiam,
contanto que "não vades muito longe"; Mas Moisés em
Êxodo 5:3 recebera a ordem de Deus de seguir caminho
de três dias no deserto. E novamente recusa a oferta.
Em Êxodo 10:10-11, Faraó usa um emprego blasfemo do
nome de Deus para rejeitar um pedido feito em nome do
Senhor. Faraó já quis ditar o lugar do sacrifício (8:25),
e agora quis limitar o número de participantes do
culto solene.
A oitava praga ocorre depois disso. E Faraó diz "Pequei"
(Êxodo 10:16). Mas uma idéia muito fraca sobre o pecado
é de quem antevê as consequências do seu erro, e quer
se livrar delas.
Faraó teme o poder manifesto em Moisés, mas não teme a
Deus. Como todo pecador, pensa que se trata de um erro
esporádico (esta vez ainda) e não percebe o abismo em
que se precipita sem possibilidade de se salvar sozinho.
E Faráo se endurece mais uma vez.
E a nona praga vem sem aviso prévio.
Não se sabe qual foi a causa das trevas, talvez uma
tempestade de areia ou umas nuvens espessas de cinzas,
vindas de uma erupção vulcânica da região da Grécia;
sabe-se somente que eram limitadas, não chegando ao
lugar dos israelitas (v. 23).
Chegamos a nossa passagem.
Faraó "chamou" Moisés e Arão a fim de oferecer seu
quarto acordo amistoso.
Faraó se vê cada vez mais forçado a conceder algo mais,
sem nunca lhe vir à mente a necessidade de obediência;
tão somente o interessava a própria autoridade real,
não aprendendo que o Altíssimo tem autoridade sobre o
reino dos homens (Dn 4:32; Ap 19:16).
Notável perceber que Moisés já aprendera a lição de
obediência completa à vontade de Deus, e sabe que o
alívio momentâneo de algum compromisso com as exigências
do mundo, comprometeria a plenitude de alegria da
vitória, na sua comunhão com Deus.
O ser humano tem de comparecer perante Deus, com seu
bens, com seu tempo, com seu caráter, oferecendo a
plenitude do seu ser em sacrifício vivo e aceitável
a Deus (Rm 12:1-2).
Não se pode saber de antemão o que há em nós que
Deus quer usar, e por isso devemos permanecer numa
atitude perpétua de oração.
Mesmo após essa profunda entrega, vemos a condição
desastrosa do homem sem Deus. Ordenar a retirada do
profeta de Deus era a maneira de tentar excluir Deus
da vida de Faraó.
Mas Deus não pede audiências aos homens e nenhuma
pessoa que tenta cerrar os ouvidos à voz dos crentes
irá por isso ser poupada da decisão final que todos
enfrentarão: aceitar a salvação que Deus oferece,
ou receber a eterna punição.
E nesse ponto, o próprio Deus se decide a descer ao
Egito.
E sabemos que no fim quem persuadiu a Faraó com a praga
final fora o próprio Deus.
Graça e Paz.
Bíblia Shedd - Coletânea de Comentários e
Apontamentos do Livro de Êxodo. 2a. Edição
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